O isolamento social tem sido uma estratégia proposta pelos governos para combater a contaminação pelo coronavírus, mas tem aumentado outro problema já existente na sociedade: a violência doméstica. Dados da Polícia Militar mostram que o número de casos aumentou em Curitiba durante o primeiro fim semana de quarentena, foram 217 casos contra 189 do fim de semana anterior. A coordenadora do curso de Pós-Graduação de Psicologia Jurídica do UniBrasil, professora Mayta Lobo, passou a fazer parte da “Liga”, projeto voluntário criado para incentivar a denúncia de mulheres e meninas que passam por essas situações.
O projeto foi criado em parceria com instituições do Poder Judiciário, instituições de ensino e empresas. A Liga tem o intuito de auxiliar e incentivar mulheres e meninas a denunciarem seus agressores. O grupo desenvolveu um guia de atendimento com informações e perguntas frequentes para as vítimas de violência doméstica. O material conta também com locais e serviços em que meninas, mulheres e idosas podem denunciar em Curitiba.
Segundo a professora, as circunstâncias causadas pelo isolamento social impactam na necessidade humana universal de segurança e quando não temos recursos emocionais adequados para lidar com necessidades não atendidas, elas se traduzem em atos violentos. Por isso, a ajuda oferecida as mulheres, meninas e idosas que sofrem violência, seja ela física, sexual ou psicológica é tão importante. “Entendemos que, especialmente nesse momento tão peculiar que vivemos, o cuidado com as relações é primordial e dever de todos”, comentou.
Já a aluna de pós-graduação em Psicologia Jurídica, Glauce Daniele Carrazzoni, reforça que “É necessário combater a violência contra a mulher, o projeto Liga Na Quarentena torna-se uma importante ajuda nesse combate. A sociedade precisa se responsabilizar do seu papel. Com a divulgação de canais que possibilitam as mulheres apoio, principalmente em tempos de pandemia onde o isolamento a deixa mais fragilizada é fundamental. A mulher que sofre muitas vezes de forma silenciosa precisa ser apoiada fortalecida para sentir-se autônoma e empoderada e dona de sua vida”.
Para mais informações ou para fazer parte da rede de apoio entre em contato através do e-mail: [email protected].
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