Em alusão ao dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, a SEED, em parceria com os Núcleos Regionais, convida os professores para formação étnico-racial no Auditório Cordeiro Clève do UniBrasil
Alguma vez você já se questionou sobre o significado da palavra “Africanidade”? O termo se faz presente, desde 2003, quando foi sancionada, à época pelo presidente Lula, a Lei nº 10.639/03, que introduz o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas. Ela contribui para a valorização da diversidade étnico-racial e a formação de cidadãos conscientes com a cultura afro-brasileira.
Quem discute esta temática, intitulada de “Dimensões afro-brasileiras no currículo escolar: as contribuições das africanidades no cotidiano da escola, a partir da Lei 10.639/03”, é o professor Galindo Pedro Ramos. Ele trabalha no departamento de Educação Inclusiva da Secretaria de Educação do Estado do Paraná (SEED) e na Coordenação dos Direitos Humanos, integrando a equipe de Educação Étnico-racial.
“Africanidades são raízes ou marcas culturais, de origem africana, que se arrastam com o tempo em uma sucessão de gerações […]”, responde o docente sobre a definição de africanidades. Acrescenta ainda que, o provérbio Yourubá, é capaz de propagar a perspectiva africana sobre o trabalho coletivo, por meio do dito popular: “Uma árvore sozinha não compõe uma floresta”.
Este ano, a lei completa 20 anos, incluindo na pauta a luta do negro e, também, do índigena, após a aprovação da Lei 11.645/08. Segundo a técnica do Núcleo Pedagógico da SEED, Luzinete Pereira, formada em História, o objetivo é reunir os interessados pelo assunto, para não restringir a celebração apenas ao dia 20 de novembro.
“O intuito deste trabalho da SEED é valorizar as ações que a Secretaria e o Núcleo de Educação promovem. Espera-se que a comemoração não se restrinja apenas a data, mas, sim, a todos os dias, no qual as pessoas tenham mais consciência nas questões raciais e sociais do país”, enfatiza Luzinete.
A Chefe do Núcleo Estadual de Curitiba, professora Laura Patrícia Lopes, corrobora com a colega de profissão, Luzinete Pereira. Para Lopes, o “Ciclo de Palestras – Educação para as relações étnico-raciais: ações e desafios” envolve a promoção de práticas pedagógicas ativas e reflexivas, que levam o aluno a pensar e ser protagonista da própria história.
Para a abertura do evento, a professora Rosana Arminda recitou alguns poemas de sua autoria, discorrendo sobre a figura da mulher negra, que passa pelas agruras da vida. Além de cordelista, ela também trabalha com projetos sociais.
O primeiro poema narra, brevemente, a história da Alzira, a sua amada mãe, que nasceu na Bahia e percorreu as regiões brasileiras para conquistar o sonho de uma formação acadêmica. Mesmo perdendo um filho, não conseguindo estudar e se casando aos 13 anos, Alzira era uma mulher de fé, na esperança de dias melhores.
Confira nas fotos de Gabrielle Cordovi | Marketing UniBrasil.