Planejar a transição de comando envolve muitos aspectos, desde os estratégicos e de gestão, até os comportamentais e emocionais. Conduzir esse processo de forma que sucessor e sucedido consigam percorrer o caminho, alinhando propósitos e aparando arestas sem que o negócio perca o ritmo e, claro, competitividade, é um desafio.
Mesmo nos níveis de supervisão, coordenação e gerenciais, uma transição de chefia é algo muito delicado e, se não for bem alinhado, pode comprometer o resultado de toda uma divisão, construído ao longo de muitos anos.
Importante destacar que a diferença crucial entre a empresa que gerencia bem e a que gerencia mal este aspecto está em visualizar a sucessão como um processo, não como um evento isolado.
Cada empresa tem seus valores e estratégias e a característica de um líder pode variar de acordo com a área de atuação. Entretanto, existem ações de desenvolvimento que buscam reciclar o capital humano, como os programas de trainee. Um trabalho mal feito na sucessão de líderes pode ser fatal para o negócio da empresa. A falta de líderes competentes impacta diretamente na lucratividade e a força para reter talentos diminui.
Dessa forma a sustentabilidade do negócio depende, quase que exclusivamente, da maneira com que as corporações preparam e desenvolvem seus líderes para os desafios do mercado atual. Um processo sucessório exige alguns pilares fundamentais para que o mesmo aconteça e gere resultados. Começa por entender a importância de um sistema de avaliação de desempenho e competências, mas também pela oferta de gestores bem preparados para serem avaliados de forma profissional. O mais indicado é que a empresa conte com assessments externos para acrescentar uma visão imparcial, blindada das emoções do dia a dia e das influências familiares ou de amizades construídas ao longo do tempo; complementando-se com as avaliações da própria organização, que tem um olhar interno sobre aqueles profissionais, quando comparados ao mercado. Precisa ser criado, necessariamente, um ambiente em que gestores se sintam seguros para desenvolver sucessores. Vamos praticar?