Storytelling da marca: Uma maneira poderosa de construir conexões duradouras com seu público

É certo afirmar que com o fenômeno da tecnologia e o avanço dos meios de comunicação, vivemos em mundo cada vez mais conectado. Um mundo que gera cada vez mais informação e exige das pessoas, e do mercado, uma maior interação e conectividade. Acredite! Histórias convincentes envolvem os consumidores, provocam emoção e fomentam a lealdade, construindo um relacionamento significativo que vai muito além do produto e do serviço.

Contar uma história é a maneira mais antiga de transmitir conhecimento entre as gerações. A nossa memória compila uma série de fotos que se amarram para formar uma narrativa. Basta parar pra pensar e conseguimos lembrar que as palestras mais marcantes que guardamos contam uma história, certo? Se você ainda não começou, está perdendo o enorme potencial de aumento de receita dos seus esforços de marketing de conteúdo. A narrativa certa da marca tem o poder de aumentar o valor do produto ou serviço da sua empresa em mais de 20 vezes. E podemos ver isso em vários exemplos de storytelling aplicados no marketing.

Lembre-se, uma boa história é autêntica, criativa, cria uma conexão emocional e pessoal, inspira ação e comunica-se diretamente com o interlocutor. Mas por que a história importa? Porque é o que torna sua marca significativa. É o material inspirador, as postagens bem pensadas do Instagram, o design do site e um vídeo atraente. Certa vez em um evento de empreendedorismo um dos palestrantes falou sobre o Branding da Coca-Cola. Ele dizia que a empresa se tornou um sucesso quando descobriu que seu principal produto não era o refrigerante.

“A Coca vende a sensação de estar se refrescando com uma bebida gelada e gostosa” – dizia o mestre. Essa é a chave do storytelling: Descobrir o por quê você vende o seu produto e explorar isso de forma comercial.

Por isso, acredito que o Storytelling bem feito é:

• Estabelecer claramente o que sua marca é – seu propósito, valores fundamentais e missão; • Oferecer ao consumidor mais do que apenas um produto ou serviço, mas sim uma experiência que transcende a realidade comum;

• Motivar o leitor ou espectador a entrar nessa experiência. Isso é feito criando conteúdo de forma que seu público se sinta como se arriscasse perder o acesso a essa experiência sublime de fazer parte de sua marca se não comprasse, seguisse ou se inscrevesse agora.

•Aumentar sua geração de leads!

Olha só, se você está tentando convencer alguém que não pode viver sem requeijão cremoso na torrada ou os serviços de consultoria financeira que podem prepará-lo para uma aposentadoria confortável e repleta de férias, é pelo modo como você conta a história de sua marca e o que você está vendendo, que você causa um impacto. Aplicado ao marketing, o storytelling é capaz de humanizar o seu negócio. Sua empresa ganha uma história e seu negócio, cria vida. Consequentemente, você atrair mais visitantes e agrega mais valor ao seu negócio.

É assim que você pode usar a verdadeira magia de profissionais de marketing de conteúdo experientes. Vou mostrar 5 exemplos de storytelling de marca que reforçam o quão poderoso seu conteúdo pode ser.

1. O Google

Os vídeos “Ano em Pesquisa” do Google também são ótimos exemplos de storytelling. Eles são divulgados anualmente, usando seus dados para comunicar os termos mais pesquisados, oferecendo uma perspectiva de “estado da nação”.

Em 2018, o filme de dois minutos analisou as principais pesquisas, mostrando imagens dos momentos cruciais do ano – tanto alegres como trágicas ficando no TOP 5 Global. Nos testes, a resposta do espectador mostrou-se “extremamente positiva”, e o vídeo ficou entre os 1% de todos os anúncios testados em 2018. Foi também a terceira maior pontuação de quase 700 anúncios de tecnologia testados. O Google consegue evocar uma grande variedade de emoções dos espectadores, explorando eventos que tocaram a todos de alguma forma, usando dados para identificar exatamente quais tópicos e eventos envolveram seu público.

2. O Airbnb

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O storytelling está no coração do marketing da Airbnb e, por isso, ela abre nossa lista de exemplos de storytelling. Sua compreensão intrincada do seu público e o uso criativo de dados do consumidor a tornou uma das marcas mais emblemáticas de hoje. Sua mensagem é centrada na hospitalidade local e comunitária, aproveitando os desejos dos turistas por mais experiências de viagem locais. Para o Ano Novo de 2015, a empresa contou sua história através de um vídeo animado, anunciando que aproximadamente 550.000 viajantes passaram a véspera de Ano Novo em um de seus muitos aluguéis em 20.000 cidades – um salto vindo de apenas 2.000 hóspedes cinco anos antes.

Destacando as escolhas mais populares dos hóspedes da Airbnb para passar o Ano Novo, Nova York liderou a lista com 47.000 viajantes. Apenas um exemplo de storytelling de como a marca usa dados para contar histórias envolventes. As histórias da Airbnb ressoam consistentemente com seu público, dando vida às coisas de que gostam – viagens e novas experiências.

3. A Huggies

O braço canadense da marca de fraldas, Huggies, sabia que para competir com a Pampers (a líder de mercado que, na época, tinha 100% dos contratos hospitalares canadenses), eles precisavam fornecer uma razão tangível e emocional para as mães escolhê-los antes de chegar ao hospital para dar à luz.

A resposta acabou por ser o próprio nome da marca: hugs – em português, abraços. Enraizada em mais de 600 estudos que provaram que os abraços “ajudam a estabilizar os sinais vitais dos bebês, constroem sistemas imunológicos, afastam doenças e melhoram o desenvolvimento do cérebro”, a marca partiu em uma missão para não deixar nenhum bebê sem abraço.A campanha dependia de duas iniciativas:

1. Educar as mães sobre a importância do contato pele a pele com seus bebês. 2. Assegure-se de que os hospitais canadenses tenham voluntários “disponíveis” para bebês que precisam de abraços.

2. Assegure-se de que os hospitais canadenses tenham voluntários “disponíveis” para bebês que precisam de abraços.

Com as vendas subindo 30% em 2016 e uma taxa de engajamento 300% maior do que os benchmarks da indústria, essa campanha filantrópica prova o poder de usar dados para contar uma história que ressoa.

4. O Spotify

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O Spotify coleta dados contínuos sobre quais músicas, playlists e artistas seus 30 milhões de usuários selecionam. E esses dados resultam em bons exemplos de storytelling como você vai ver. O serviço de streaming de música combina essas informações com os dados de localização dos ouvintes e dados demográficos, usando-os para criar conteúdo original.

No final de 2017, o Spotify espalhou outdoors pela cidade de Londres com chamadas espirituosas para a campanha que intitulou de ‘Goals 2018’ (Objetivos de 2018). As frases serviam como resoluções cômicas de Ano Novo – usando os hábitos dos ouvintes do Spotify em 2017 para sugerir com humor estratégias para lidar com a vida em 2018.

Seja tão carinhoso quanto a pessoa que colocou 48 músicas de Ed Sheeran em sua playlist “Eu amo ruivos”. – “Shape of You” A música mais tocada. De todas. Fonte: Reprodução | Adweek.

Os anúncios funcionaram muito bem porque a música é uma experiência tão emocional, e os dados sobre nossos hábitos musicais, no nível macro, influenciam nosso humor coletivo, ressalta o CMO do Spotify Seth Farbman.

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Usar dados internos dessa maneira ajuda marcas como o Spotify a criar histórias originais com base em insights que só eles podem acessar, ajudando-os a diferenciar-se dos concorrentes.

5. A IBM

A cada 6 horas uma pessoa morrerá de melanoma na Austrália. Como esse dado virou um dos exemplos de storytelling no marketing? Continue lendo. Essa percepção estimulou a missão da empresa global de tecnologia IBM a usar a inteligência artificial para “superar o melanoma” e defender a detecção precoce do câncer mais letal. O Watson, a IA de ponta da empresa, pode detectar melanoma com 31% mais precisão que o olho nu – algo que pode fazer toda a diferença para a sobrevivência. Lançado em Bondi Beach durante a alta temporada, os australianos todos os dias ficaram diante de um espelho e foram analisados pela Watson, que determinou e examinou elementos como idade, sexo e cobertura de proteção solar. Se quaisquer riscos ou irregularidades fossem detectados, o participante iria direto para um especialista no local para tratamento adicional.

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Durante um único fim de semana, mais de 800 pessoas foram ajudadas, com 22% sendo encaminhadas para uma consulta de acompanhamento. Com o Watson, a IBM conseguiu se mostrar não apenas como uma marca de tecnologia de primeira linha, mas também como uma empresa que se preocupa ativamente com a saúde de seus consumidores.

Estes são alguns exemplos mais imediatos de storytelling. Há outros muito mais complexos, por exemplo. Mas a ideia deste texto é apenas te introduzir na prática, para quem sabe você se aprofundar e utilizá-la. Afinal, sua marca está aqui a passeio ou veio para ficar?

Professor Alceu Cruz, do curso de MBA em Marketing Estratégico e Inteligência Digital.

Referências:

– O Livro STORY do “papa dos roteiros” Robert Mckee, é considerado indispensável em qualquer biblioteca sobre Storytelling.

– O Artigo sobre Storytelling do UpdateOrDie, embora mais antigo, é bastante detalhado e continua atual.

– E finalmente, o Artigo “O que é Storytelling?” Da Rockcontent também é um ótimo guia, vários cases e comentários sobre o tema.

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