Dando continuidade ao projeto Mulheres no UniBrasil, em que a cada mês ao longo deste ano será mostrada uma obra de arte realizada por uma artista de grande expressão nas artes paranaenses, como forma de homenagem às mulheres que compõem o cenário cultural da cidade, a Sala de Leituras do UniBrasil exporá um quadro de Sofia Dyminski a partir de 29 de abril.
Sofia Dyminski nasceu em Varsóvia, na Polônia, veio para o Brasil em 1929, permanecendo em São Paulo até 1932, quando transferiu-se para o Paraná, naturalizando-se na década de 50.
Em Curitiba foi aluna de Guido Viaro no curso livre da escola de Música e Belas Artes do Paraná, participou do círculo de artes plásticas (1965-1965) e realizou o curso de gravura ministrado por Fernando Calderari.
Realizou várias exposições individuais e coletivas, além de vários salões oficiais onde recebeu prêmios significativos como: medalha de Bronze no cinquentenário da Universidade Federal do Paraná; prêmio de aquisição no 19º São Paranaense de Belas Artes, medalha de bronze no 15º Salão de Belas Artes da Primavera; prêmio aquisição prefeitura municipal de Curitiba no 21º Salão Paranaense de Belas Artes, 1° prêmio cidade de Londrina no 1º Salão de Arte Religiosa Londrina.
Muitas de suas obras podem ser encontradas no Solar do Rosário, entidade voltada a arte e cultura em Curitiba, instalada em um casarão centenário localizado no Centro Histórico, entre a Igreja da Ordem de São Francisco de Assis e das Chagas e a Igreja do Rosário dos Pretos de São Benedito, uma das mais bonitas mansões do conjunto das antigas construções da cidade que tem por objetivo promoção da cidadania através de extensa grade de cursos, oficinas e ateliês, além de ser palco de palestras, lançamentos de livros e eventos culturais.
Por entender que a arte e a cultura são partes importantes e indissociáveis da boa formação universitária, o UniBrasil tem promovido a vinda de intelectuais de várias vertentes do pensamento para falar, mostrar suas obras, lançar livros. O objetivo não é nunca a busca de uma forma única de pensar ou de ver o mundo, o que contraria frontalmente a própria ideia de Universidade, e sim de abrir possibilidades, instigar o debate e o dissenso.
Estimular o olhar mais atento à produção feminina é parte de um projeto mais amplo, de inclusão e equanimidade, num mundo infelizmente ainda desigual; e dentre estas, algumas unanimidades se justificam plenamente, por isso, a honra de promover a exposição de mais esta artista plástica reconhecida como uma das melhores de nosso estado e de nosso país.
Texto: Wanda Camargo