O conceito de “amor”, no senso comum, remete automaticamente ao “amor romântico”. Ou seja, o indivíduo (terminologia que o filósofo Lacan entende como equivocada, porque indica que os seres são ‘indivisíveis’. Ele recorre a palavra ‘sujeito’) depende do outro para a própria completude.
A palestra, ministrada pela psicanalista Ana Suy Sesarino, girou em torno da ideia de amor atrelado à relação com o outro, em todos os seus formatos e laços afetivos. “[O amor é] Todo laço com o outro e trata de despertar sentimentos seja por uma pessoa, por uma causa, pela vida, pela família etc”, explica a autora dos livros “Amor, desejo e psicanálise” e “Não pise no meu vazio”.
Ela percorre todo o século XII para diferenciar as concepções de “amor” de diferentes culturas e contextos históricos. A história ajuda explicar como a sociedade entendia esse sentimento, perpassando também a produção literária, no qual os trovadores escreviam poemas para as damas.
De acordo com a palestrante, ela vê uma problemática nesta ideia de amor de completude, destacando que a identidade e existência de cada pessoa depende do outro. Em suma, Ana Suy destaca que é impossível viver sem traumas, ansiedades e perturbações. Sem deixar de mencionar que é importante que o sujeito busque pelo tratamento com os profissionais da área de Psicologia.