Os alunos e professores do curso de Biomedicina do UniBrasil Centro Universitário foram recebidos pelo curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), para dar início a uma parceria na área de Micologia, com o intuito de ampliar a divulgação do conhecimento e da pesquisa sobre a “esporotricose”.
A esporotricose é uma doença causada pelo fungo dimórfico Sporotrix schenckii, que pode provocar infecções em seres humanos e animais. Pode ser subaguda (doença que não tem caráter claramente agudo) ou crônica e, no homem, geralmente manifesta-se como infecção limitada à pele e tecido subcutâneo, seguindo o trajeto linfático. Em alguns casos, pode ocorrer proliferação para outros tecidos, evoluindo para disseminação sistêmica, normalmente com manifestações pulmonares.
O curso de Biomedicina do UniBrasil busca, nesse projeto, despertar o interesse e ressaltar a relevância das infecções fúngicas no contexto da saúde animal e humana, o aprofundamento do conhecimento científico dos discentes e o entendimento do seu papel como mediador do conhecimento em saúde, e de assistência à saúde, além de socializar-se e estabelecer relações com outras profissões da área da saúde e com a comunidade.
As autoridades de saúde no estado do Rio de Janeiro e de outras regiões do Brasil, como o Paraná, São Paulo, Espírito Santo e Distrito Federal, estão preocupadas com o aumento do número de casos de esporotricose felina e humana. A Unidade de Vigilância de Zoonoses de Curitiba, por exemplo, alertou os médicos veterinários da região para novos casos de esporotricose felina, em especial na Cidade Industrial de Curitiba, onde foram diagnosticados, entre os anos de 2014 a 2016, 52 casos animais.
Para especialistas, o aumento de casos está associado à falta de informação sobre a doença, a grande quantidade de gatos abandonados e pelo abandono ao tratamento pelos seus donos. Não há vacina contra a doença e, por isso, ressalta-se a importância da divulgação e esclarecimento sobre os sinais e sintomas da infecção, bem como dos mecanismos de transmissão e tratamento, a fim de controlar a epidemia.
Trata-se de um trabalho conjunto das diversas áreas da saúde humana e veterinária, envolvidas em campanhas de esclarecimento à população, levantamento de dados epidemiológicos, rastreamento de casos, realização do diagnóstico clínico e laboratorial e estabelecimento do tratamento.