Estudantes de Direito do UniBrasil conscientizam grupos etários entre 35 e 65 anos sobre a circulação de notícias falsas no mundo virtual
O fenômeno das Fake News não é algo recente. Apenas a terminologia que é mais atual até por conta das avalanches de notícias nos meios digitais. Com a democratização das plataformas, as pessoas passaram a produzir conteúdos que se assemelhavam a produções jornalísticas, porém sem a mesma credibilidade dos textos noticiosos. A falta de apuração dos fatos geram impactos sociais que a sociedade vem presenciando no decorrer da história.
O contexto mundial (e nacional) despertaram a curiosidade de duas equipes de Direito, do quinto período, da disciplina de Projeto Integrador I, a pesquisar as “Fake News e a Pós-verdade”, no âmbito jurídico. Após colher as informações sobre o assunto, um grupo decidiu produzir uma cartilha para ensinar os cidadãos a identificar notícias falsas.
A acadêmica Giovanna Natalia de Almeida explica que o propósito do material é de conscientização da sociedade. “[A cartilha] É uma forma didática de como se pode reconhecer as fake news. Inclusive incluímos na pesquisa o aplicativo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde a pessoa consegue detectar a veracidade da informação”, diz Almeida.
Como a pesquisa contempla o âmbito jurídico, a futura advogada comenta que, as pessoas que se sentirem lesadas no mundo virtual, podem recorrer à legislação. “Instruímos os entrevistados a procurar os órgãos competentes, porque calúnia, difamação e injúria têm consequências legais, conforme a Lei nº 6.812/2017 e a Lei nº 9.533/2018”, orienta a graduanda.
Segundo o acadêmico Sérgio Carlos Pessoa Junior, do quinto período, de Direito, o combate das fake news, durante a pandemia poderia ter salvado vidas. “As notícias falsas influenciaram (e muito) a piora do covid-19 no país. Os relatos com os entrevistados evidenciaram que parentes e amigos próximos não se vacinaram por conta dos boatos que circularam em correntes de redes sociais”, lamenta o estudante.
A pesquisa foi divida em duas etapas: em um primeiro momento, a pessoa deveria identificar, entre as notícias, qual informação era verdadeira ou falsa; em seguida, responder um questionário sobre o uso indevido de medicamentos não comprovados cientificamente para o “Tratamento Precoce” da Covid-19, desentendimentos entre membros familiares sobre a pandemia, vacinação e como evitar a disseminação de fake news.
Em posse das informações colhidas em campo, os acadêmicos notaram que, as faixas etárias entre 35 e 65 anos, eram as que mais se informavam por Whatsapp, sem ao menos checar a fonte da informação. O propósito da pesquisa é esclarecer as dúvidas dos cidadãos sobre o assunto e conscientizá-los dos impactos gerados por esse bombardeio de notícias falsas, tendo em vista a aproximação das eleições para deputados, senadores, governadores e a corrida presidencial ao Palácio do Planalto, no Brasil, em 2022.