Nova modalidade está sendo usada da educação fundamental até a superior e especializações
A palavra híbrido nunca foi tão mencionada como nos últimos tempos. Principalmente agora no retorno às aulas. O significado remonta a algo composto por elementos diferentes, assim é o ensino híbrido, formado pela educação presencial em junção ao ensino remoto.
Com a pandemia, ele está sendo adotado não apenas por instituições de ensino superior, mas também por escolas de ensino fundamental e médio. Mas, engana-se quem pensa que ele é novo. Quando um professor usa outra plataforma de ensino, como uma excursão a um museu, isso já pode ser considerado híbrido.
Na verdade, existem algumas possibilidades para unir o ensino remoto e o presencial. A chamada rotação é quando uma disciplina ou tema específico pode ser estudado de diferentes formas: alternando plataformas digitais, projetos em grupo, ou ainda dividindo a turma entre quem estuda de forma virtual ou presencial. Existem variados tipos de rotações.
A maneira flex exige mais autonomia. O estudante aprende através de recursos digitais, mas tem o professor disponível para tirar dúvidas sempre que precisar.
Existe ainda o modelo à la carte, no qual o aluno é responsável pela organização de seu estudo. Essa aprendizagem é mais personalizada, já que o aluno pode estudar no momento e local mais adequados, sendo pelo menos uma parte online.
No modelo virtual enriquecido, a aprendizagem é parte remota e parte presencial, porém ela permite aos estudantes irem à escola física em uma ou mais vezes por semana.
Habilidades do futuro
Martin Morães, professor coordenador dos cursos de Sistemas de Informação e Engenharia de Software do UniBrasil, diz que na prática o ensino híbrido é quando temos parte presencial e parte remoto. “O que tínhamos no passado era o presencial, com o professor em sala. Depois veio o EAD, com todas as aulas à distância. E agora o híbrido pode acontecer de duas maneiras: algumas disciplinas sendo presenciais e outras remotas ou parte da mesma disciplina sendo remota e parte presencial. Cada instituição tem liberdade de propor o seu ensino”, explica.
No caso de cursos em que a prática é bastante exigida, como as engenharias e a área de saúde, os laboratórios acabam sendo melhor contemplados.
Alguns especialistas acreditam que o ensino híbrido potencializaria as chamadas habilidades do futuro, como criatividade, resolução de problemas complexos, inteligência emocional e trabalho em equipe. Morães diz que toda nova solução tem seus prós e contras. “Mas eu vejo dois cenários. Você pode desenvolver soft skills ou qualquer outra skill nos dois. No remoto, por exemplo, é possível desenvolver skills muito boas, como trabalhar em equipe de forma remota ou assíncrona. É uma oportunidade para que o aluno se conheça e pela vivência durante a sua formação, ele vai sentir qual o seu perfil”, diz.