Nos últimos dias 06 e 09 do mês de junho foi realizada a segunda edição da “Mostra de Antropologia do Corpo e do Movimento Humano”. O evento foi organizado pelos estudantes dos primeiros períodos (manhã/noite) do curso de Bacharelado em Educação Física do UniBrasil, sob a supervisão do professor Rodrigo Cribari Prado, responsável pela disciplina de Antropologia e Cultura Popular.
Segundo o professor Prado, o objetivo de repetir a Mostra é consolidar o evento no calendário anual do UniBrasil. “Desta vez os estudantes elaboraram trabalhos diferentes daqueles apresentados no ano passado. Discutimos em sala de aula os melhores materiais a serem pesquisados (livros, artigos científicos e outros materiais), bem como o formato de exposição de todo esse conteúdo. A única regra era evitar os meios tradicionais de apresentação dos trabalhos, assim optamos por realizar uma nova ocupação nos corredores da instituição”, relatou Prado.
As pesquisas empreendidas pelos acadêmicos abordavam diversos temas selecionados pelos próprios alunos. Entre elas, algumas problematizavam a presença cada vez maior da tecnologia na sociedade contemporânea, bem como seus reflexos no corpo e sua influência na dinâmica das relações sociais, foi o caso dos seguintes títulos: “Homo sedens: corpo e tecnologia na contemporaneidade” e “O Corpo na rede: superexposição e novas formas de afeto no ambiente digital”.
Os estudantes Raul Pereira e Alexandre Zela, que abordaram sobre o “Strongman”, comentam sobre o processo de pesquisa para a Mostra. “No início nosso conhecimento sobre o Strongman era bem pouco superficial, durante o trabalho lemos muitos artigos científicos, fomos estudando sobre o tema, assistimos seriados e fomos descobrindo uma série de coisas que não conhecíamos sobre o Strongman”, explicam. O Strongman é um atletismo de força, mais conhecido nas competições como strongman (strength athlete, em inglês, atleta de força), é um esporte no qual os competidores buscam demonstrar sua força numa série de testes, de diferentes formas.
A função social dos profissionais de Educação Física também foi objeto de reflexão em trabalhos como: “Tutoriais demais, profissionais de menos: um olhar antropológico sobre a virtualização da profissão em Educação Física” e “Quem cuida do cuidador? A realidade ‘maldita’ dos profissionais de Educação Física”. Desse modo, as temáticas, além de atender ao interesse dos estudantes por sua atualidade, também contribuíram para a discussão de textos variados da área de Antropologia.
Ao todo foram apresentados 17 trabalhos, sendo que nesta edição a Mostra contou com um público de espectadores mais amplo, ou seja, desde acadêmicos de outros cursos e até do público externo. Entre os visitantes, marcaram presença as antropólogas e professoras Fátima Freitas, docente do UniBrasil, e Débora Bolsanello, ex-docente da Faculdade de Artes do Paraná e criadora do método Educação Somática.