Discentes do PPGD participam de palestra de jurista sobre as atuais ameaças ao estado democrático de Direito no Brasil

Palestrante José Rodrigo Rodriguez no UniBrasil. Foto de arquivo pessoal.


Na tarde de quinta-feira (11), o Programa de Pós-graduação de Direito em Mestrado e Doutorado (PPGD), do UniBrasil, recebeu o docente, pesquisador e jurista José Rodrigo Rodriguez, da Escola de Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), do Rio Grande do Sul.


À convite do coordenador do PPGD, professor Dr. Bruno Lorezentto, o autor do artigo (intitulado: “O Papel dos Juristas na luta contra ameaças autoritárias no Brasil”, publicado na Revista Direito & Praxis, da UERJ) discorreu sobre as atuais ameaças ao estado democrático de direito no Brasil. 

O encontro resultou em um debate produtivo com os discentes do PPGD, segundo a concepção do palestrante. Para ele, há dificuldade desta geração de estudantes, de todos os rincões do país, pensar “qualquer ideia de universal como algo positivo”.

 

Confira abaixo a análise do jurista José Rodrigo Rodriguez:

Minha experiência nos últimos anos com alunos e alunas desta geração da pós-graduação em Direito em vários Estados no Brasil sugere que eles e elas tem muita dificuldade de pensar qualquer ideia universal como algo positivo.

Esse é o legado em parte positivo da hegemonia continua de posições como o marxismo ortodoxo, o foucaultianismo, o desconstrucionismo, o republicanismo e, mais recentemente, a influência decolonial.

Desconfiar do universal sempre. Mas o problema é que sem tal ideia fica impossível legitimar qualquer modalidade de respeito ou de atribuição de direitos a todos os indivíduos e grupos sociais, mesmo que seja o respeito pela diferença e a imputação de direitos adequados para a situação concreta de cada cidadão e grupo social. Ou seja, fica impossível pensar em uma pauta positiva e progressista para o direito.

É preciso insistir na diferença entre duas visões do universal. A primeira é a ideia de universal imaginada como um padrão abstrato, projetado na prancheta e implementado de cima para baixo: o universal como projeto ético-moralizante.

A segunda, é a ideia de um universal construído de baixo para cima, no teatro da ação, a partir da atividade de imaginar e discutir quais devem ser as normas capazes de oferecer soluções para os choques concretos entre interesses e desejos de indivíduos e grupos sociais em uma sociedade socialmente diversa e politicamente plural: o universal como projeto jurídico-democrático.

 

Os detalhes do material, você confere no link: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaceaju/article/view/60560 

 

À convite do coordenador do PPGD, docente da Unisinos (RS) ministra palestra no UniBrasil,. Foto de arquivo pessoal.

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