Design Sprint: Escola Politécnica conhece o método ‘Google para Inovar’ para a materialização de ideias

Docentes da Escola Politécnica em palestra sobre “Design Sprint, método Google para Inovar”, no auditório Cordeiro Clève.

 

Se o seu intuito é propor uma ideia de produto, serviço, processo e, até mesmo, de evento, o método “Design Sprint”, idealizado pelo Google, é um caminho certeiro para conquistar um nicho de mercado. Mas, afinal, o que significa?

Segundo a treinadora em Inovação e Empreendedorismo, da comunidade “Xperts Community”, Erica Marques, é um método de validação de ideias que ocorre em um curto prazo de tempo. Essa estratégia, de acordo com Marques, é eficiente para reduzir custos, tempo, energia e recursos da empresa.

A Savioke, por exemplo, é uma empresa de robô delivery de hotel, que aplicou o método para desenvolver uma ideia, resolver um problema, minimizar as “dores” dos clientes e propor uma inovação de mercado. 

“Diferentemente dos modelos tradicionais, o Design Sprint funciona da seguinte forma: ele sabe da importância de prototipar uma ideia, testar, porém ser realizado em poucos dias. Você tem uma simulação. Ao invés de testar a sua ideia daqui um ano, você testa em cinco dias”, explica a palestrante em conversa com os acadêmicos da Escola Politécnica do UniBrasil, no auditório Cordeiro Clève.

A ideia da Savioke, ao propor um robô que interage com os hóspedes e os entrega as encomendas, foi materializada em um tempo de cinco dias. Os modelos tradicionais seriam cuidadosos ao inovar; ao contrário do Design Sprint, que opta por assumir riscos para obter grandes resultados.

A primeira etapa consistia em reunir todos os profissionais que iriam integrar a equipe do projeto. Os principais, neste caso, eram: o engenheiro, capaz de definir o que é e não é possível desenvolver de protótipo, e o CEO, detentor das informações e estratégias da empresa. Além disso, unir especialistas em Design, Marketing (pesquisa de mercado) e Vendas (vínculo com o público).

Em seguida, os envolvidos são incubidos a realizar um esboço dessa ideia. Segundo Erica, no modelo padrão, as pessoas fariam um brainstorm em grupo; no entanto, o lema que melhor define o Design Sprint é “Trabalhar sozinho para depois compartilhar”, no intuito de ter a percepção de todos os participantes.

Resgatando o exemplo da Savioke, as ideias compiladas, para entregar um robô delivery no hotel, consistia em criar uma face, propiciando interação com o público; programá-lo para dançar após a entrega do pedido; e, por fim, a gameficação do produto, tornando o equipamento mais satisfatório, na visão da clientela.

A partir desta proposta, a Savioke se tornou um grande case de sucesso, expandindo para novos mercados com mais de 100 mil vendas para hotéis. Dessa estratégia do Google, a palestrante levanta os principais aprendizados do Design Sprint:

-> Por padrão, os resultados são perfeitos para começar uma ideia. No Design Sprint, se começa agora;

-> Por padrão, se confia no palpite. No Design Sprint, executa uma simulação;

-> Por padrão, o processo envolve cuidados. No Design Sprint, os especialistas assumem riscos, para ter grandes resultados.

Para finalizar a conversa com os futuros engenheiros, Erica Marques enfatiza que “a inovação não está na tecnologia, mas, sim, nas pessoas”.

“Quando se fala de metodologia Google, tem se aquela expectativa: realidade aumentada, metaverso, impressora 3D etc. No entanto, a grande máquina que a gente utiliza é o nosso cérebro. Porque a inovação está nas pessoas. Todo o resto é uma ferramenta que vai nos auxiliar a trazer inovação de fato na prática”, analisa. 

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