Você sabia que, no período compreendido entre os anos de 1964 a 1976, os professores precisavam apresentar um atestado ideológico para lecionar no ensino público?
Este fato foi encontrado nos dossiês do acervo do Arquivo Público do Paraná pelos acadêmicos dos sexto e oitavo períodos, do curso de Direito. Sob a supervisão e orientação da professora doutora em História, Andréa Carneiro Lobo, os estudantes têm por atribuição investigar os documentos que façam alusões às mulheres, indígenas e negros, em um período de exceção do país.
É um trabalho que contempla as atividades do PROEX III e IV e tem como propósito encontrar evidências de como o poder público do Paraná agia no contexto da Ditadura Militar, em relação a questões políticas e sociais enquadradas pelo governo ditatorial como “criminosas” e “subversivas”.
A professora Andréa Carneiro Lobo explica que o primeiro período (compreendido entre os anos de 1964-67) é conhecido como ala branda, no qual determinados direitos são suspensos, por meio dos atos institucionais; no ano seguinte (entre as décadas de 1968 a 1973), se denomina como ala dura, período enfatizado como o mais crítico da ditadura militar. Neste período há prisões arbitrárias, desaparecimentos de pessoas, censura e perseguição a movimentos sociais.
Ao final de todo o trabalho, a pesquisa será apresentada, novamente, à bancada feminina da ALEP/PR, confrontando com as leis da época.
Confira nas fotos o empenho dos acadêmicos dedicados a esta pesquisa.
Fotos por Gabrielle Cordovi | Marketing UniBrasil.