Reprodução da Coluna Aroldo Murá na íntegra
O professor da UFPR e UniBrasil, constitucionalista Clèmerson Clève, tem papel muito relevante no mundo jurídico que julga os feitos da Lava Jato – especialmente o julgamento desta quarta, 24, em Porto Alegre; e igualmente, também está presente no histórico de três dos 11 ministros do STF, aos quais arguiu como membro de bancas acadêmicas.
O Supremo é o tribunal que eventualmente apreciará decisões da Lava Jato em grau recursal.
No entanto, Clève mantém-se discretamente longe dos holofotes do momento. Na verdade, vai se recuperando muito bem de problemas decorrentes de vírus que lhe geraram danos cardíacos.
PENSANDO NA HISTÓRIA
Por justiça, quero registrar, até pensando no futuro histórico, que Clève foi professor no curso de graduação de Direito da UFPR do procurador Deltan Dallagnol e orientador, no Curso de Mestrado na mesma UFPR, do juiz Sergio Moro e do desembargador João Gebran Neto (do TRF-4). E foi igualmente professor, ainda na velha Faculdade de Direito da UFPR do procurador Regional Maurício Gerun.
MINISTROS DO STF
Também com olhar histórico, registro que o STF, que um dia poderá tratar do feito em nível recursal, é composto por três – de seus 11 ministros – que foram arguidos pelo constitucionalista Clève: ministro Barros, em banca doutoral na UERJ; e os ministros Lewandowsky e Alexandre Moraes em concursos para Livre Docência na USP.
TRÊS PARANAENSES
Clèmerson Clève, um dos bons amigos meus da área do Direito, confirmou-me nesta terça, 23, que “pelo menos três paranaenses estarão atuando nesta quarta no TRF-4. O desembargador federal João Gebran Neto; o advogado René Dotti, atuando como assistente da acusação contratado pela Petrobrás; e o procurador federal, agente do MPF, Maurício Gerun”.
E fez observação: “São todos homens sérios, muito preparados tecnicamente, bastante respeitados no mundo jurídico”.
DESTINO CAPRICHOSO
Para Clève, nas realidades citadas, em que sua presença é assinalada pela condição de formador de notáveis do Direito, “há nisso tudo muita coincidência”.
E arremata: “Trata-se de ordenação de dados organizados caprichosamente pelo destino… ou uma conjugação de fatos curiosos”.